Morna alimento di nos alma/ cantal na partida bo cantal na regresso...<

26/02/2012

CAVALO DE GUERRA -O cavalo que nao se deixa abater

Nem pela artilharia da Primeira Guerra Mundial, nem pelos arames farpados entre as trincheiras nem pelo melodramatismo, assumidamente infatilóide de Spielberg. Ah, e só para mostrar que isto do cinema é uma grande ilusão, Joey, o cavalo, são 14, fora aquele digital que corria desenfreado na vala.
O cavalo é o animal mais cinematográfico do mundo. Desde o cinema mudo, muitos foram os que lhe captaram o potencial dramático, emocional, e o de fazer "galopar" a ação. Este filme, algo ingénuo mas tecnicamente admirável (como sempre) de Spielberg, que surge quase em simultâneo com Tintim, e após um sofrível Indiana Jones, em 2008, e de um muito mais satisfatório Munique (2005). Baseado num romance juvenil, do inglês Michael Morpugo, acompanhamos a narrativa que, ora vai a trote ou a galope, do cavalo Joey, o seu nascimento, a relação de amizade que estabelece, numa quinta algo agreste, com um adolescente que tem um pai disfuncional e irresponsável (como é típico nos filmes de Spielberg), as suas experiência bucólicas, agruras agrícolas e finalmente o seus padecimentos horríveis nas trincheiras da Primeira Guerra Mundial. A personagem central é o cavalo, mas nem sempre o ponto de vista é o dele - o que é pena. Não se esperava nenhum porquinho Babe, com uma muito respetiva voice over; Spielberg nunca seguiria pelo caminho da pura parvoíce, mas viaja sem pruridos e lestamente pelos carris do convencionalismo - só que até para se ser convencional e não se temer o cliché do cavaleiro que regressa num horizonte ao pôr-do-sol é preciso ser-se bom.
Assista o trailler

E se o espectador se sentir um bocado atacado de um síndrome bipolar ao assistir a este filme é perfeitamente normal. O cavalo vai trocando de mãos, não são donos, mas antes hóspedes desta compaixão que Joey sempre lhes convoca - é um animal que humaniza as pessoas. Spielberg é assumidamente sentimental, e as personagens unidimensionais, cuja bondade é apreciada em função da maneira com que se relaciona com o animal (o que não é um mau barómetro, mas adiante...) Primeiro o dono e companheiro, depois o oficial inglês compreensivo, em seguidas dois alemães desertores, depois uma menina francesa mimada pelo avô, e novamente nas mãos de um cabo alemão indulgente.... Os diálogos são apenas funcionais, sem rasgos e Spielberg, autor de dois filmes de guerra inesquecíveis e tremendamente realistas (A Lista de Shindler e O Resgate do Soldado Ryan), pelos quais ganhou dois Óscares, esforça-se por ocultar o horror e a agonia das trincheiras - para menor de 12 anos ver. Mas depois há um certo ângulo que se abre sobre a carnificina de homens e cavalos mortos a desarrumar o campo de batalha; um grupo de cavalos que arrasta dolorosamente o armamento, encosta acima, e se sobressalta em colectivo, quando um deles é abatido; vemos Joye encurralado por um tanque pré-histórico, e a galopar desenfreado numa vala; e finalmente o clímax do filme, Joye a correr no no man's land, entre as duas trincheiras inimigas, até os arames farpados cravados na pele lhe tolherem os movimentos. Há cenas e planos que valem o filme inteiro.
De Steven Spielberg, War Horse, com Jeremy Irvine, Emily Watson, David Thewlis. Drama. 146 min. EUA. 201
Fonte: aeiou.visao.pt

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