Morna alimento di nos alma/ cantal na partida bo cantal na regresso...<

11/03/2012

Bana

Adriano Gonçalves, Bana, nasceu no Mindelo, Ilha de S. Vicente Cabo Verde em 5 de Março de 1932.Oriundo de uma família humilde, ele fazia parte dos adolescentes que sonhavam com novos horizontes, porque na época a ambição de qualquer jovem seria o de um dia poder emigrar e arranjar colocação no estrangeiro.O que Bana desconhecia é que a sua sorte já havia sido lançada ao nascer com o dom de cantar e encantar a todos aqueles que o escutavam .Dono de uma entoação e postura inimitável e inigualável através das suas mornas e coladeiras começaram a demarcá-lo como uma referência.O seu estilo e a sua personalidade dominaram uma época.Nos anos 60 sai pela primeira vez do seu cantinho, para uma actuação em Dakar, onde começa a somar sucessos através de espectáculos e participações na Rádio.Em 1966 forma um grupo de 3 elementos composto por: Luís Morais (clarinete); Morgadinho (trompete); e mais tarde Toy de Bibia (guitarra) nascendo assim o tão conhecido Conjunto Voz de Cabo Verde.Pouco tempo depois, de sucesso atrás de sucesso, consumou-se em Rotterdam uma das suas grandes aspirações; designadamente a edição do seu primeiro registo discográfico "Nha Terra e Pensamento" " Pensamento e Segredos"., onde os instrumentos acústicos marcam uma era na história da música caboverdiana nos Estados Unidos.De retorno a Portugal em 1974, constitui-se um novo grupo no Conjunto Voz de Cabo Verde aumentando em número os seus elementos e os instrumentos até então utilizados.Constata-se então uma explosão e amadurecimento a nível profissional, através das experiências adquiridas.Bana expande-se numa carreira profissional de grande prestigio o que lhe leva a consumar uma nova aspiração; ou seja o inicio de uma breve experiência na Indústria discográfica Portuguesa começando assim a produzir os seus próprios trabalhos discográficos com êxito, adquirindo 38 registos discográficos (CD's). Entre as gravações discográficas é convidado a participar em filmes que na época estreou em algumas partes da Europa nomeadamente: Holanda, Alemanha, Itália, França etc., culminando assim a sua popularidade. Ao abraçar a fama, Bana teve de carregar nos ombros a responsabilidade de não desiludir o seu povo, a sua Terra Natal que tanto preza e ama e principalmente os seus fãs que o adoram e o consagraram como Rei porque está para nascer quem irá destroná-lo, não só pela sua potente voz; o seu sentimento; a sua garra mas também pelas suas capacidade humanaCapacidade essa, que ao longo do seu percurso artístico, determinou tornar o sonho de muitos conterrâneos em realidade, investindo, apadrinhando e ajudando a formar músicos que actualmente são consagrados tais como: Cesária Évora; Tito Paris; Paulino Vieira e muitos outros que não se tornaram tão conhecidos.Embaixador da música Caboverdiana, por ser pioneiro em levar a sua melodia aos quatro cantos da Europa e África .Aos 52 anos de carreira, Bana sente-se realizado, depois de atingir a sua meta e ser reconhecido Internacionalmente tanto em Condecorações como em Homenagens, vendo-se compensado de todo o seu sacrifício, esforço, coragem e determinação.

A emigração veio depois, uma estada no Senegal apenas porque teimava na ideia de desenvolver as capacidades vocais e o gosto pela música. É em Dacar que inicia a relação com nomes com quem irá formar o famoso conjunto Voz de Cabo Verde, na década de 60: Frank Cavaquinho, Tói de Bibia, Luís Morais, Morgadinho, Jão de Lomba. Nomes de luxo! Longe estava já a época em que trabalhara na estiva do Porto Grande - tempos difíceis de sobrevivência - e muito próximo o primeiro disco: um EP onde já constavam «Fervura» e «Eternidade». Mas a vida era madrasta: trabalhavam numa fábrica de café, à noite actuavam na «boite» gerida pelo Bana. Com o grupo ou só, passou a actuar em Lisboa, nos EUA, na Holanda. A carreira vai-se consolidando, a vida também: monta um pequeno negócio de lavandaria no Mindelo, embora as artes da música exigissem constantes viagens.

É mais tarde, após 1974, que Bana assume a instalação do restaurante e «dancing» Monte Cara, em Lisboa, importante no apoio a muitos jovens: «Vinham de Cabo Verde por minha iniciativa, como foi o caso do Paulino Vieira. Pediam-me que os auxiliasse a emigrar, dei-lhes oportunidade de mostrarem o que valiam.»

A vida de Bana é um percurso de mornas. A coladeira também entra no repertório, mas as mornas têm, nesta voz, forma única de passarem à eternidade. «A morna é a nossa canção de peito. Tem de ser cantada com sentimento, quase a chorar. Reflecte cada momento da vivência, a saudade, o desgosto, a paixão, o mal de amor. Passa-se qualquer coisa na nossa vida e lembramo-nos logo de compor uma morna. E o que não sabe vai ter com outro e manda fazer! Aconteceu muitas vezes eu estar com B. Leza e chegarem duas, três, quatro pessoas por dia pedindo-lhe que narrasse numa morna um facto da vida que para elas tinha sido importante.»

Se lhe perguntamos qual a morna de que mais gosta, responde: «Ah! São tantas, não há por onde escolher! Diria 'é esta', depois diria 'é outra'.» Olha para os filhos e para outros jovens e sente-se em paz: as melodias estão bem entregues. Mas mantém-se apreensivo: «Há muita morna quase perdida, esquecida. Temos de gravá-las para que não as esqueçamos, para que não desapareçam.»

CVMA - Cabo Verde Music Awards

Decorreu ontem Domingo dia 10 de Março os CVMA na Assembleia nacional, tendo como homenageado o cantor Adriano Gonçalves, mais conhecido por Bana, que alias também foi aniversariante - 80 anos - parabéns Bana em que lhe foi entregue o prémio carreira, mais do que merecido. Para além da boa musica que se fez ouvir durante a gala, com interpretações de alguns artistas nomeados e outros convidados, a noite foi de gloria para alguns dos artistas nomeados como:
- Mirri Mobo que levou 4 prémios para casa: Melhor coladeira, melhor voz masculina, melhor álbum acústico e melhor musica do ano.
- Djay tambem levou 3 prémios: melhor reggae, melhor hip hop e melhor album electronico.
- Dina Medina levou 2: melhor morna e melhor voz femenina.
- Tcheka com 2 prémios: melhor funana e batuku/cola sanjon.
- Kim Alves 2: melhor instrumentista e melhor produtor musical
- Beto Dias 1: melhor cabozouk
- Denis Graça 1: melhor House
- Ilo Ferreira 2: artista revelação e melhor álbum electronico.
- Jorge Neto 1: melhor artista em palco
- Ferro Gaita 1: melhor banda ao vivo
- Lura 1: melhor DVD
- La MC Malcriado 1: melhor videoclip
- Adalberto Silva (Betu) 1: melhor compositor
- Ivan Luv 1: melhor DJ
- Steve Andrade - Rádio Comercial 1: melhor animador.

veja o clipe da musica vencedora

on Vimeo.

Querida Mãe - Acústico

Rainha Encantada

Somos Irmãos - Clip Oficial 2011

Sempre Presente

Querida Mãe

Escola D'Amor

Jamais Le Même

Atarraxa

I Love U

Somos Irmãos

Na Fortaleza ta Gravá "Escola d'Amor"

Músicos unidos pelos direitos online

Radiohead, Kaiser Chiefs, Blur, The Verve e Robbie Williams são alguns dos nomes que se associaram à Featured Artists Coalition (FAC) em defesa dos direitos dos músicos no mundo digital.
A FAC conta com 140 membros e pretende representar os principais protagonistas nas discussões que se levantam actualmente no sector, como a criminalização do download ilegal de músicas. Na sua primeira reunião, realizada esta quarta-feira, 11 de Março, os membros da FAC votaram maioritariamente contra a abertura de processos judiciais por esse motivo, referindo que tais medidas proteccionistas adoptadas pela indústria musical equivalem a “colocar a pasta de dentes outra vez no tubo . “Os artistas devem ser titulares dos direitos e decidir quando a sua música pode ser usada gratuitamente e quando é preciso pagar por ela”, referiu Billy Bragg à imprensa.

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